• Inicio
  • AMERICAN DOG
  • entrevista a Paul Virilio, publicada en P.V.P.
  • esperando el sueño, sueño
  • Información
  • Información
  • llanto de sangre por Gaza
  • noviembre
  • oscuro como la tumba donde yace mi amigo
  • palestina, palestina, palestina…
  • poemas y chus pato en el recuerdo
  • recovecos de la luz
  • sin la mas minima queja, lleno de asco
  • Bos dias, boas noites, boas tardes, mundo…
  • llegada y estancia del poeta en la ciudad, con el mar en la boca
  • longa noite de pedra, recordando a celso emilio ferreiro
  • los trenes de mi vida

ultramarina

palabras en busca de alma para cambiar el mundo

Feeds:
Entradas
Comentarios
« As mobilizacións do 17 de maio mantéñense dende as casas  – Queremos Galego!Queremos Galego!
“La medicalización de la experiencia humana” por Gerard Pommier »

“Nós mulheres, não somos parte do povo, nós somos o povo”, por Fabíola Trinca 

30 abril 2020 por karlotti

Origen: “Nós mulheres, não somos parte do povo, nós somos o povo”, por Fabíola Trinca – Philos

“Nós mulheres, não somos parte do povo, nós somos o povo”, por Fabíola Trinca

A frase-título desse artigo é de Ro’Otsitsina do povo Xavante, do Mato Grosso, porta-voz do movimento das mulheres indígenas. E continua: “Violando uma menina, violando uma mulher, você está violando o povo. Ou seja, qualquer pessoa que faça mal a mim, que machuque fisicamente ou verbalmente a mim, ou a qualquer mulher, está fazendo algo contra o meu povo e a minha cultura”. Dona Damiana, líder indígena da Aldeia Apikay, símbolo de resistência e de perseguição às mulheres Guarani e Kaiowá, do Mato Grosso do Sul, foi expulsa da sua terra tradicional e teve 9 dos seus familiares mortos, são ao total, 48 anos de luta e de violência contra a mulher indígena.

“A mulher está levantando como liderança para defender a terra mãe. A terra é a nossa mãe, a terra dá saúde, a terra dá comida, a terra a gente usa para plantar, não é para judiar.”

Leila Rocha Guarani e Kaiowá (MS)
Líder da Aldeia Yvu Katu / Kunangue Aty Guasu

As mulheres indígenas sofrem latentemente pela violação dos seus direitos e precisam ser ouvidas. Vivem no Brasil cerca de 445 mil mulheres indígenas, de 305 etnias, segundo dados do IBGE de 2010. Em 2015, no Acampamento Terra Livre validou-se a pauta nacional de luta comum à todas as etnias: Violação dos Direitos das Mulheres Indígenas, Direito a Terra e Processos de Retomada, Direito a Saúde, Educação e Segurança, Direitos Econômicos, Empoderamento Político das Mulheres Indígenas, Tradições e Diálogos Intergeracionais, Comunicação e Processos de Conhecimento, Processos de Resistência, por fim e não menos importante: Sustentabilidade e Financiamento. O peso da inércia e de decisões que previlegiam os latinfundiários e fazendeiros criminosos pelo Brasil, vêm comprometendo sistematicamente um futuro justo, harmônico, pacífico e sustentável para os povos originários. Cabe à nós, meros colonizados, mudarmos nosso mindset civilizatório e praticarmos valores indígenas como a escuta e a diplomacia. Agindo micropoliticamente em prol da preservação da vida dos povos originários

“Nós, mulheres indígenas, somos jardim, somos raíz, somos tronco dessa luta”, sustenta Cris Pankararu do Povo Pankararu, de Pernambuco. As “parentas” como são chamadas umas às outras, discutem de forma pertinente todos os temas da pauta nacional entre diferentes regiões e etnias, mas o consenso entre elas de maior urgência são: a luta pela proteção e manutenção dos territórios e do meio ambiente, além de saúde e educação.

O tema da violência de gênero, ainda é uma bandeira que começou a ser fincada muito recentemente e de maneira mais tímida, entre elas. Para Ro’Otsitsina, as mulheres indígenas precisam ter oportunidades iguais no processo educacional, ao direito de escolha e de acesso ao conhecimento. E acrescenta: “Há momentos em que a união entre homens e mulheres é necessária, mas há momentos em que a gente precisa ficar em um espaço de confiança só entre mulheres. Até para poder se abrir sobre determinados assuntos. Para mim, uma liderança feminina do meu povo é aquela que detém todo o conhecimento familiar de maneira geral, além do conhecimento político e estratégico”.

Cápsula Âmago – CA 2019 concepção, stylist e tingimento natural: @studiotrinca shooting e fashionfilm: @welcome_to_igorland maquiagem: @mari_pin joias: @dritrivelato modelo: @portoisa

“Em tempo de doença, seremos revolução. Contudo, a sociedade desconhece a nossa presença. A nossa identidade e nossa capacidade de multiplicar a nossa presença através das nossas conexões com as nossas forças ancestrais, é o que nos faz diferentes. Dizer isso, é afirmar que a minha luta fortalece a da outra e de todas que virão” observa Célia Nunes, do Povo Xakriabá, de Minas Gerais. A sabedoria e a sede de novos conhecimentos abrigando o tradicional e o verdadeiramente original da mulher indígena, nos mostra a força ancestral dos povos originários, através do conhecimento inteligente das plantas como medicina, usos artesanais e outros benefícios. Nos provando que o ser humano e a natureza são indissociáveis. Que a transformação consciente, significa aprofundar o diálogo: aprender, ensinar, admirar, refletir, vivenciar, sentir, amar – até nos tornamos um. Um com nós mesmos, um com o próximo, um com a natureza, um com o planeta.

A atividade predominante feminina na cultura indígena é o fazer artesanal, demonstrando o significado social da interação e diálogo entre as mulheres durante a confecção das peças. Thuë thëpë noathayu, na língua Yanomami significa “conversa entre mulheres”. Falar da imagem da grande ancestral indígena, é nos remeter ao arquétipo da mulher de grande capacidade de premonição, sábia, amorosa, destemida, perspicaz, guerreira e corajosa. Sendo importante para mulher indígena honrar e reverenciar suas antepassadas.

“Nossa expectativa é de que as mulheres busquem muito mais do que uma única resposta: valorizem suas narrativas, suas histórias, suas memórias, para que isso sirva de alimento”, diz Célia Xakriabá. Recentemente, eu fui apresentada a cultura do povo Huni Kuin, do Acre, etnia essa em que as mulheres desenvolvem a tecelagem e o tingimento natural. Elas produzem o próprio algodão na aldeia, tecem o fio, tingem com tintas naturais extraídas das árvores como mogno, cerejeira e pau brasil, tratando-se de uma cultura artesanal que é passada de mãe para filha, através de gerações. Mawapai, uma importante artesã da comunidade, ensina à neta a arte que aprendeu com seus antepassados. As crianças aprendem na prática esse processo desde bem pequenas, onde tudo é feito em comunidade. Os grafismos produzidos pelas mulheres HuniKuins se chamam “kene”, que quer dizer “desenho verdadeiro”.  Para elas, o desenho é um elemento crucial na beleza da pessoa e das coisas. Cada desenho está relacionado a um elemento da natureza, seja animais, plantas, movimentos naturais etc. Quando estão tecendo as mulheres cantam pedindo a força da aranha para que teçam rapidamente, pois a história da origem do algodão é de que a arara o criou, por isso evocam sua força.

“Se não tiver mais reza, o mundo vai acabar.” Estela Vera é rezadeira ou opurahelva do povo Ava Guarani do território tradicional de Potrero Guasu, fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. No depoimento “Se não tiver mais reza, o mundo vai acabar”, colhido pela antropóloga Lauriene Seraguza, Estela fala da importânica de suas rezas e cantos para a produção da vida social e dos mundos Guarani e Kaiowá. A força espiritual nutre a história e a luta das mulheres indígenas que erguem seus povos. Na cosmovisão indígena, a espiritualidade conecta mulheres e homens à terra. Entre a comunidade indígena tudo se divide. E o que nutre as relações entre as mulheres da mesma aldeia e de diferentes etnias, é o respeito e troca, de maneira coletiva e compartilhada.

A escolha por trabalhar com as plantas e com o tingimento natural, através de um sistema baseado no compartilhamento e na colaboração, respeitando os ciclos da natureza e integrando a mulher moderna à mãe terra, é intuitivo à minha crença de que quanto mais difundirmos os conceitos e a forma originária de trabalhar e ser em essência e harmonia com a natureza, propagando os conhecimentos ancestrais, com respeito à prática da artesania indígena, poderemos construir juntos uma sociedade mais inclusiva e igualitária. É a valorização da arte e do rico artesanato indígena que também contribue para a conservação dos povos originários do Brasil. Seguimos na luta diária pelo novo mundo.

Cápsula Âmago – CA 2019 concepção, stylist e tingimento natural: @studiotrinca shooting e fashionfilm: @welcome_to_igorland maquiagem: @mari_pin joias: @dritrivelato modelo: @portoisa

Fabíola Trinca é artista visual e tingidora natural. Utiliza suas mãos como ferramenta para a disseminação da arte natural em diversos suportes, realiza tingimentos botânicos em tecidos naturais, dando novo sentido ao vestir. A roupa respira, é viva. Instagram: @fabtrinca / @studiotrinca

Share this:

  • Facebook
  • Twitter
  • Tumblr

Me gusta esto:

Me gusta Cargando...

Relacionado

Publicado en poesia | Etiquetado Fabíola Trinca, Guarani, Kaiowá, Leila Rocha Guarani e Kaiowá, Philos, Ro’Otsitsina |

  • abril 2020
    L M X J V S D
     12345
    6789101112
    13141516171819
    20212223242526
    27282930  
    « Dic   May »
  • Blog Stats

    • 59.081 hits
  • Flickr Photos

    _DSC0157His museJames
    Más fotos
  • Páginas

    • AMERICAN DOG
    • Bos dias, boas noites, boas tardes, mundo…
    • entrevista a Paul Virilio, publicada en P.V.P.
    • esperando el sueño, sueño
    • Información
    • Información
    • llanto de sangre por Gaza
    • llegada y estancia del poeta en la ciudad, con el mar en la boca
    • longa noite de pedra, recordando a celso emilio ferreiro
    • los trenes de mi vida
    • noviembre
    • oscuro como la tumba donde yace mi amigo
    • palestina, palestina, palestina…
    • poemas y chus pato en el recuerdo
    • recovecos de la luz
    • sin la mas minima queja, lleno de asco
  • Comentarios recientes

    karlotti en DO BNG, das derrotas, E DO CAM…
    maria en DO BNG, das derrotas, E DO CAM…
    El Pacte per l… en ¿Que supone el pacto por el…
    roselis.batista@univ… en Tres poemas de Mia Couto
    karlotti en 2 DE NOVIEMBRE DIA DE MUERTOS…
  • Archivos

    • noviembre 2020
    • octubre 2020
    • junio 2020
    • mayo 2020
    • abril 2020
    • diciembre 2019
    • noviembre 2019
    • octubre 2019
    • junio 2019
    • abril 2019
    • marzo 2019
    • mayo 2018
    • febrero 2017
    • marzo 2016
    • enero 2016
    • junio 2015
    • mayo 2015
    • noviembre 2014
    • octubre 2014
    • septiembre 2014
    • julio 2014
    • junio 2014
    • mayo 2014
    • abril 2014
    • marzo 2014
    • febrero 2014
    • enero 2014
    • diciembre 2013
    • noviembre 2013
    • octubre 2013
    • septiembre 2013
    • julio 2013
    • junio 2013
    • mayo 2013
    • abril 2013
    • marzo 2013
    • febrero 2013
    • enero 2013
    • diciembre 2012
    • noviembre 2012
    • octubre 2012
    • septiembre 2012
    • julio 2012
    • junio 2012
    • mayo 2012
    • abril 2012
    • marzo 2012
    • febrero 2012
    • enero 2012
    • diciembre 2011
    • octubre 2011
    • septiembre 2011
    • junio 2011
    • mayo 2011
    • abril 2011
    • marzo 2011
    • febrero 2011
    • enero 2011
    • diciembre 2010
    • noviembre 2010
    • octubre 2010
    • septiembre 2010
    • junio 2010
    • mayo 2010
    • abril 2010
    • marzo 2010
    • febrero 2010
    • enero 2010
    • diciembre 2009
    • noviembre 2009
    • octubre 2009
    • septiembre 2009
    • junio 2009
    • mayo 2009
    • abril 2009
    • marzo 2009
    • febrero 2009
    • enero 2009
    • diciembre 2008
    • noviembre 2008
    • octubre 2008
    • septiembre 2008
    • junio 2008
    • mayo 2008
    • marzo 2008
    • febrero 2008
    • enero 2008
    • diciembre 2007
    • noviembre 2007
    • octubre 2007
    • septiembre 2007
    • junio 2007
    • mayo 2007
    • abril 2007
    • marzo 2007
    • febrero 2007
    • enero 2007
    • diciembre 2006
    • noviembre 2006
    • octubre 2006
    • septiembre 2006
    • junio 2006
    • mayo 2006
    • abril 2006
    • marzo 2006
    • febrero 2006
    • enero 2006
    • diciembre 2005
    • noviembre 2005
    • octubre 2005
    • septiembre 2005
    • julio 2005
    • junio 2005
  • Posts Más Vistos

    • El farolito (en honor a Malcolm Lowry)
  • Categorías

    • "alejandro finisterre"
    • "cambio climatico"
    • "carlos Aymerich"
    • "cierre de guantanamo"
    • "comite de emergencia de la Ria de Ferrol"
    • "corrupcion urbanistica"
    • "despedidas de ida y vuelta"
    • "destruccion a toda costa"
    • "dia de difuntos"
    • "dia de los muertos"
    • "ECORREOGALLEGO.ES"
    • "especulacion urbanistica"
    • "fiesta nacional"
    • "jose antonio orza"
    • "juana chaos"
    • "las rias gallegas"
    • "miguel murado"
    • "NOTICIARIO DO NOROESTE GALEGO"
    • "olvido garcia"
    • "oriente medio"
    • "planta de gas"
    • "resistencia urbana"
    • "ria de ferrol"
    • "san jose"
    • "teatro corsario"
    • "terrorismo ecologico"
    • "terrorismo urbanistico"
    • "tropas españolas"
    • "xu jinglei"
    • actores
    • adioses
    • afganistan
    • agua
    • alito
    • amigo
    • amigos
    • artabria21
    • AZNAR4
    • bastida
    • Blogroll
    • BNG
    • cartas explicitas
    • cataluña
    • cenizas
    • chile
    • chomsky
    • ciudad
    • colombia
    • corrosion
    • cretinolandia
    • CRIMINALES
    • critica
    • cucumatz
    • desertificacion
    • dialogo
    • dibujos
    • dictadores
    • dolor
    • elecciones
    • f
    • farc
    • Feijo
    • ferrol
    • finisterre
    • flylosophy
    • fotos
    • fox
    • futbolin
    • galicia
    • GASEROS
    • gaza
    • General
    • generosidad
    • goya
    • GREEMPEACE
    • GUANTASNAMO
    • GUATEMALA
    • guerra
    • GVICH
    • irak
    • iran
    • israel
    • jmlama
    • karlotti
    • krax
    • la-voz-de-galicia
    • ladrillazo
    • Libano
    • lobbys
    • lospeligros
    • Luis
    • lumbre
    • mariscadores
    • maxico
    • mejico
    • memoria
    • mierda
    • miseria
    • moya
    • muerte
    • MUGARDOS
    • noviembre
    • oaxaca
    • orza
    • otoño
    • paco
    • palabra
    • palestina
    • parentesis
    • paz
    • periferia
    • PETROLEO
    • pinochet
    • poema
    • poemas
    • poesia
    • racuerdo
    • rapiña
    • rebelion
    • recuerdo
    • reganosa
    • republica
    • resistencia
    • resistenciam
    • rogelio
    • shunyata
    • terrorismo
    • tojeiro
    • tumbas
    • Uncategorized
    • usa
    • valladolid
    • VIAJES
    • xornal
    • Xunta
    • yankis
  • Entradas recientes

    • La gacela salvaje, poema de Lord Byron
    • LOS AMIGOS DEL ALMA: Dia de Todos Los Muertos (Lembrando a Malcolm Lowry)
    • Safo – 
    • Marcela Cantuária: “A globalização imperialista não entra em quarentena” – 
    • “La medicalización de la experiencia humana” por Gerard Pommier
  • calles orales como campos de concentracion se pudren las periferias, no hay solucion ante esta desolacion de guerra permanentemente, los espacios urbanos hace tiempo que son pobres campos de batalla. ¿Que podemos hacer? Y entonces tu, cruda, desnuda, al borde de una mesa donde el pan y el vino se ordenan segun mi voz te toca. solo los dedos de mi voz te miran. Asi, tan cruda, como la sangre de la tarde, como la sangre roja del alba, transparente para los ojos pero roja para los dedos, ahi, tu, aupada en la carne de los sueños ahi, justo ahi, donde las ventanas trabajan sin descaso, volando sobre todo este campo de exterminio que son las periferias, las orillas rotas, reventadas, roidas, las periferias de la abundancia, de la puta pobreza de la abundancia. Pero estas tu, ahi, cruda, como la lengua de los sueños Un tren, un dia entre los cascotes el sol como un perro mas ladra a la niña transparente. entre las ramas de acero el humo envenenado de la chatarra. Tambien hay una cocina que huele tus bolsillos como una mano. La niña se confunde con una cacion de barro, su idioma es como un tam-tam, crece como si tambien la hierba fuera fresca, en sus labios un riachuelo de risas, entre sus dientes, briznas. El sol con el rabo entre los escombros, ladra, aqui hasta los pajaros ladran. ****** para CHUS PATO el capital es analfabeto y Lot un mal ejemplo de emprendedor. Hace tiempo que las llamas son comestibles y una eternidad arde en el corazon de la abundancia. Una voz poniendo orden es una bomba de racimo deflagrando en pleno cuento. Quien traduce mi lengua hasta haber perdido mis labios? Mira mis ojos, maldita sea, mira mis ojos lamiendo lagrimas de tu sexo insomne, mira mis ojos, que jamas miraran los tuyos afincados como estupidas franquicias en el futuro envenenado de un Mar de Piedra sobre Piedra Arrastra tu amor inutil convertido para siempre en un sueño de sal y con el la imposibilidad de oir el mundo, condenado irremediablemente a no REGRESAR jamas. Mientras, en mis campos de sal se lamen y se curan las heridas los perros del paraiso sus ladridos convocan a los ladrones de cadaveres. Ahora, lejos de tu miserable vigilancia, olfateamos la mesa recien puesta y la musica encarnada de las mujeres sin prisa Y Al fin las ruinas crecen entre los tiernos brotes del olvido haciendo de la luz la sonora clepsidra de los dias sin techo de jo cielos enormes vuelos sin pajaros purisimos vuelos una red de luz del tamaño de la luz y el dolor del mundo plagiando su esperanza interrogaciones salvajes como besos de racimo revientan la hipocresia dejando petalos en fosas nidos intachables para criar todo menos venganza pero anegandonos de verguenza hasta donde ¿hasta donde? suave destruccion, amontonar los restos del naufragio, hacer astillas la luz que la pared come, sacar fuerzas de flaqueza y hacer sangre con las manos desnudas, llenas de sangre, recoger los escombros, los restos del naufragio, apilar la derrota sin perder la sonrisa, una sonrisa que el cinico odia. El hogar, el barco, la lumbre, son el lugar donde mis pies ponen raices al olvido. Tirar los muros, acariciar el fuego, abrir la puerta y las ventanas en pleno cielo, doblar el muro sobre la luz, doblar el muro y regresar. LAS ALGAS FEBRILES DE TU OCEANICA CHARQUITA (junio 2008) aqui, entre tus felinos voraces dejando el paraiso a un lado soplo la lengueta mojada de tu insacible cuchitril rodeado de olas opiparas que se bajan las bragas de espuma como diosas disparatadas ante los erectos peces que mis dedos crian bancos sobervios y resbaladizos regatean tu febril socorro No hay nada en los alrededores de este planeta que sea capaz de calmar el espectaculo negro de tu primer grito redondito maleable calidamente tibio chocolatina turbia cien por cien chupable y ahi todas fieras mirandote la parte nuda de tu carnosa danza la pulpa encarnada que plagian todos los seres en sus coralinas huevas mareas babeantes masoquistas nubes nubiles cunilimbus cunilingue trafico ilegal zoco bazar clandestino oceano poseido por tus labios vernaculos, tus livios cantos y las orillas de canto envidia irresistible de mis ensalivados acantilados pajaros obscenos palpitos en carne viva abierta a la canal la gruta de seda que los angeles caidos custodian como si caballitos de mar les equivocaran de ruta Todo patas arriba siguiendo tus divinas enseñanzas hasta los ciegos te vislumbran entre las algas donde estan a punto de nacer las criaturas bivalvas mortales e irresistibles brisas verdes como niñas de los ojos soles poligamos negros como arañas de luz penetrable obsesivos acantilados del tamaño del sexo de los lamilibranquios labios abiertos como blancanieves en sueños frigidas lunas madres de todas las pequeñitas muertes que nos amantan en los apeaderos de la pasion locuaces islas que sorben las medulas adorables del seso cuando duerme lascivas caracolas hermitañas amantes de los fondos sonoros del tamaño de tus uñas silencios enrojecidos por la actividad de un dedo risas al rojo vivo llenando de quemaduras los bordes de las postales Maleficos niñatos que mueren por el aroma de las virgenes cautivadores asesinos de la cintura para arriva que reclaman un reino como anillo al dedo y las olas bajandose las bragas con todas las oquedades del fondo hirviendo de peces de erectos peces y encima ciegos como si apasionados de los petalos bajo el rocio bajo la noche bajo las sabanas bajo tus bragas ahi abajo alto solar ara pacis ara pacis ara pacis quitolipecatamundi la vida empapada hasta las cachas patas arriba los muslos al aire mis ojos titilan febriles las hojas que suculenta hecatombe suena en un beso de pura lluvia musica encamada oscura ofensiva de una primera promesa sobre un sofa transparente en el garaje de la orilla donde la luna administra la leche acre del alba en el nucleo atomico de la eternidad es tan calentito el abismo tan calentito que mi alma y tu se tumban se duran se chupan se empalman y en un amen se mueren
  • DIRECTORIO DE BITACORAS


    directorio de weblogs. bitadir
  • de la mano

    NetworkedBlogs
    Blog:
    ultramarina
    Topics:
    Poetas, Poesía, Poemas
     
    Follow my blog
  • Escribe tu dirección de correo electrónico para suscribirte a este blog, y recibir notificaciones de nuevos mensajes por correo.

    Únete a 871 seguidores más

Blog de WordPress.com.

WPThemes.


Cancelar

Debe estar conectado para enviar un comentario.

Cargando comentarios...
Comentario
    ×
    Privacidad & Cookies: este sitio usa cookies. Al continuar usando este sitio, estás de acuerdo con su uso. Para saber más, incluyendo como controlar las cookies, mira aquí: Política de Cookies.
    A <span>%d</span> blogueros les gusta esto: